quinta-feira, 15 de março de 2012

Escolarização...


Minha escolarização, a básica, foi cursada parte em escola pública, parte em escola privada. Percebo diferenças claras nesses contextos: metodológicas, financeiras (óbvio), e até mesmo a experiência com os colegas e com os amigos que fiz. Como a disciplina, justamente por ser oferecida por um curso de uma instituição federal, foca seu ensino na escolarização pública, contarei com mais veemência meus anos em escolas do governo.

Começo pelo uniforme. Escolas municipais faziam uniformes mais arrojados e descolados, mesmo que para caracterizar uma padronização de vestimenta, ele calcula status diferenciados em contraste com as escolas estaduais. Pelo menos é o que pude perceber na minha cidade.

O controle do governo no ensino e a sua “mão direta” na escola era confirmada a cada quatro anos em tempos de eleições. Sei que muitos alunos tinham na merenda da escola uma das refeições mais fartas do dia, mas no verão sem vento que tem nas cidades do norte o estado, fica meio difícil comer sopa de feijão as 3 da tarde. Por isso, os calorosos candidatos que tentavam a reeleição, nos serviam com iogurte e pudim numa periodicidade, infelizmente pequena, mas em abundância quando chegavam.
Fato curioso, procurando uma foto da minha antiga escola acabei encontrando um site dela com uns trabalhos de alguns alunos. O meu estava lá, um dos trabalhos que fiz que mais me marcou. A proximidade com a realidade foi presente nessa prática, onde os melhores trabalhos, ou o grupo que fizesse um trabalho mais “bonito” poderia fazer o desenho do jardim que fica em frente a escola. Era um poema do Millôr Fernandes com o título “Matemática” que tivemos que ilustrar, foi divertidíssimo fazê-lo, ainda mais depois quando fomos escolhidos para ajudar na construção e no desenho do jardim. Junto como aprendizado em sala de aula, o conhecimento sobre a geometria serviu para pensarmos na melhor exposição das diferentes flores no jardim. Usamos desenhos geométricos, medimos, e se não estou enganada, também ajudamos a plantar as flores.

Ficou bonito.

Esse mecanismo de socialização foi interessante na medida em que nos tirou da sala de aula, mas não da aprendizagem.

A foto da escola é essa, e o jardim é esse da frente, mas sem a nossa belíssima obra de arte.



Por hoje é só, até a próxima!

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