domingo, 1 de abril de 2012

Ofício de professor



Ainda não tenho certeza do meu papel como professora. De certo modo, o professor é um exemplo para o(a) aluno(a), que espelha suas atitudes nas do educador. Tendo isto em vista, penso na responsabilidade do que vou falar em sala de aula, ainda se tratando de sociologia. Espero instigar uma "pulguinha crítica" nos meus alunos, fazê-los pensar e refletir obre alguns temas que, de alguma forma, já vem "discutidos" de casa. Talvez não discutidos, mas com uma opinião formada pela mídia e até mesmo pelos pais.
                A mídia, neste caso, influencia muito no pensamento dos adolescentes. Se nos meus anos de ensino médio a internet já estava amplamente difundida, agora, com novas redes sociais, novas formas de interação com as notícias, meu papel como professora vai ser mais difícil. O aluno já chega à sala de aula sabendo muita coisa, com uma carga sobre determinados assuntos, às vezes até maior que a do professor, justamente pela sua facilidade de interação com essas novas tecnologias. Assim, acredito que o professor deve usar isso a seu favor, e não contra. Ao agregar esse conhecimento que o aluno traz de casa, uma espécie de capital cultural, o professor pode discutir assuntos diversos dentro de suas teorias.
                Neste mesmo tema, gostaria de discutir um pouco sobre as diferenças da escola nos seus primeiros anos e, agora. A educação, em princípio, na sua "criação", tinha uma semelhança grande com as fábricas. Pensar a sala de aula como o futuro local de trabalho dos alunos que já devem ir se acostumando com a rotina e a disciplina foi uma "sacada genial" para época. Porque qual seria o papel da escola se não, preparar para o mercado de trabalho? Isso implica, e se explica pelo contexto histórico da época, assim como o tipo de economia e objetivos vigentes.
                Podemos afirmar que a escola perdeu partes dessas características. Mas não totalmente. À exemplo disto temos os ensinos profissionalizantes. Que buscam preparar o jovem para o mercado de trabalho. Claro, hoje mais diversificado, porém ainda maçante.
                Dentro deste contexto me pergunto onde se encaixa a sociologia? Acaba por ir de encontro a essa concepção de escola, pois a sociedade não necessita de questionadores, mas de trabalhadores.

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