Imagem para pensar e ilustrar o
tema currículo!
A situação desenhada reflete o
que acontece em algumas escolas no Brasil. A começar pelo livro didático, todos
seus “problemas” de interpretação de conhecimentos escolares passam, ou
deveriam passar, por questionamento sobre sua imparcialidade e até mesmo
objetivo daquelas explicações. Isto é, a questão do currículo oculto.
Entendo o
currículo, principalmente, como uma forma de organização de ensino. Envolvendo desde
as habilidades que se pretende que o aluno alcance, os objetivos, passando pelo
conteúdo programático e terminando na avaliação da aprendizagem. O que deve ser
inserido num currículo está intimamente ligado com o que é importante para a
sociedade naquele momento. Há um entrelaçamento de interesses entre um e outro.
Tendo isso em
vista, podemos pensar na teoria crítica de currículo: a sociedade está passando
por períodos de questionamento, e até mesmo mudança, de valores; há uma falta
de humanidade nas escolhas das ações de governos, o currículo se manifestou
como uma ferramenta de mudança. A crítica social alavancada por ele é encadeada
pelos movimentos sociais. Se não queremos mais robôs que trabalhem em fábricas,
o que deve mudar no ensino para que mude também a sociedade?
Paulo Freire
fornece várias respostas para este tipo de pergunta. Um ensino crítico e na
contramão da educação bancária resulta em alunos críticos a sociedade e, não
mais sujeitos oprimidos só esperando para dar a “resposta correta”. Desta
forma, o currículo se apresenta como política. Ele não está apenas inserido na
escola para suprir conhecimentos gerais e normas de conduta que o aluno deve
ter. Mas, para criticar um sistema institucionalizado que acredita que seu
poder é inquestionável.
Nas escolas, o
aprendizado ocorre de forma, algumas vezes, subliminar – o que chamamos de
currículo oculto. No qual uma mensagem é passada sem que os indivíduos
percebam. Claro que a imparcialidade do professor é muito importante na hora de
passar um conteúdo, mas acredito ser aplicável, à esta situação, a
“objetividade” Weberiana. Ou talvez, no mínimo, mostrar os dois lados da moeda.
Em disciplinas
como história, geografia, fica muito claro o teor enviesado do ensino que
prefere falar em “Descobrimento da América” ao invés da matança ocorrida aqui
nos primeiros anos de colonização.
Pretendo buscar
um ensino da sociologia que faça com que os alunos se tornem mais críticos em
relação ao que acontece em nosso redor. Com atividades de reflexão, que
apresentem vários pontos de vista sobre uma mesma polêmica, acredito ser a
melhor forma de instigar essa curiosidade de algo diferente do senso comum nos
alunos.

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